QUESTÕES COMENTADAS

Orientações: resolva as questões e ao final confira o gabarito com a questão correta e sua resolução. Boa Prova!

ALBERT EINSTEIN

  1. Homem de 57 anos chega ao pronto atendimento queixando-se de dor precordial em aperto com irradiação para braço esquerdo, sudorese, náusea e dispneia. No eletrocardiograma de entrada foi detectado supradesnivelamento do segmento ST em derivações inferiores. Realizadas medicações iniciais na sala de emergência. Enquanto a equipe se preparava para o transporte para a cineangiocoronariografia de emergência, para realização de angioplastia primária, o monitor mostrou o traçado abaixo em ganho máximo.

df
A conduta imediata nessa situação é:
(A) Amiodarona 300 mg IV.
(B) Checar pulso.
(C) Desfibrilação.
(D) Amiodarona 150 mg IV.
(E) Cardioversão elétrica sincronizada.

2.Senhora de 54 anos procura atendimento ambulatorial com queixa de dor, edema e calor em diversas articulações das mãos, pés, ombros e joelhos com rigidez matinal superior a 1h, poupando as articulações interfalangeanas distais. Os sintomas se iniciaram há 6 meses e estão em piora progressiva. Ao exame: sinais flogísticos nas articulações descritas na história. Sobre essa doença é correto afirmar:
(A) A dosagem sérica de PCR e o VHS devem estar baixos.
(B) Metotrexato é tratamento para modificação da história natural da doença.
(C) O diagnóstico só pode ser confirmado após resultado da dosagem sérica do fator antirreumatoide e/ou anti-CCP.
(D) Os anti-inflamatórios e analgésicos são tratamento para modificação da história natural da doença.
(E) Nessa doença não existe comprometimento sistêmico.

3. Mulher, 35 anos de idade, procura pronto atendimento com dor em hemicrânio direito, pulsátil, de forte intensidade, acompanhada de náuseas/vômitos, foto e fonofobia há 6 horas. Refere episódios prévios de cefaleia semelhantes ao atual. Nega uso de medicações contraceptivas. O exame neurológico é normal. Trata-se de
(A) cefaleia tensional. Tomografia de crânio é mandatória.
(B) enxaqueca. Tomografia de crânio é mandatória.
(C) enxaqueca. Não há necessidade de exame de imagem.
(D) de cefaleia tensional. Não há necessidade de exame de imagem.
(E) cefaleia secundária. Tomografia de crânio é mandatória.

4. Mulher, 20 anos, com história de asma desde a infância, procura atendimento ambulatorial porque apresenta crises de dispneia e sibilância quase todos os dias. Refere despertar noturno por falta de ar, pelo menos duas vezes por semana. Diversas medidas ambientais foram adotadas, todas sem sucesso. Está em uso de corticoide inalatório e beta 2 agonista de longa duração, ambos em dose baixa, além de medicação de resgate. Quanto ao próximo passo, de acordo com o GINA, uma opção é
(A) aumentar a dose do corticoide inalatório e introduzir antagonista de receptor de leucotrieno.
(B) reduzir a dose de beta 2 de longa duração e aumentar a dose do corticoide inalatório.
(C) aumentar a dose de beta 2 de longa duração e diminuir a dose de corticoide inalatório.
(D) introduzir anti-IgE.
(E) aguardar o resultado da espirometria para decidir o que fazer.

5. Mulher, 22 anos, assintomática procura consulta médica para orientação quanto à vacinação de hepatite. Traz exames realizados recentemente com anti-HBs negativo, HBsAg negativo, anti-HCV negativo, anti-HVA IgM negativo e anti-HVA positivo.
Nesse caso,
(A) não há necessidade de vacinar-se. Está protegida para as hepatites virais.
(B) está protegida de hepatite A, mas suscetível às hepatites B e C. Deve ser orientada a procurar UBS para vacinação contra hepatites B e C.
(C) está protegida de hepatite A e B, mas suscetível à hepatite C. Deve ser orientada a procurar UBS para vacinação contra hepatite C.
(D) é suscetível às três formas de hepatite. Deve ser orientada a procurar UBS para vacinação contra hepatite B.
(E) está protegida de hepatite A, mas suscetível às hepatites B e C. Deve ser orientada a procurar UBS para vacinação contra hepatite B.

6. RESIDÊNCIA MÉDICA (R1) – 2009 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO – UNIFESP
Lactente de 2 meses é trazido ao Pronto Socorro com história repentina de choro e irritabilidade seguida de palidez cutânea e cianose generalizada. Na chegada, a criança apresenta-se hipoativa, taquipnéica, cianótica, com pulsos periféricos finos, murmúrio vesicular presente bilateralmente, fígado a 4 cm do rebordo costal direito. Mão refere que a criança apresenta sopro desde o nas cimento. Qual o diagnóstico mais provável?
 a) Insuficiência respiratória aguda por pneumonia pneumocócica.
b) Crise hipoxêmica por comunicação interatrial.
c) Insuficiência respiratória aguda por laringite viral.
d) Crise hipoxêmica por Tetralogia de Fallot.
e) Insuficiência respiratória aguda por edema agudo de pulmão.

7. Lactente, com seis meses de idade, levado ao Pronto Socorro pela mãe, com história de crise de choro, palidez e hipoatividade. Ao exame, a presentava freqüência cardíaca 240 bpm, pulsos filiformes e enchimento capilar > 3 segundos. Solicitado ECG com ausência de onda P e complexo QRS < 0, 08 seg. Qual hipótese diagnóstica e tratamento ?

 a) Taquicardia ventricular e o procedimento indicado é a cardioversão sincronizada.
b) Taquicardia sinusal e a conduta imediata é a manobra vagal.
c) Taquicardia ventricular e o procedimento indicado é a administração de adenosina.
d) Taquicardia supra-ventricular e o procedimento indicado é a desfibrilação.
e) Taquicardia supra-ventricular e o procedimento indicado é a cardioversão sincronizada.

RESPOSTAS

  1. Opção C. Lembre-se dos ritmos chocaveis e não chocaveis, este retivo se caracteriza como Fibrilação Ventricular e conduta neste caso é a desfibrilação seguida de compressões torácicas.
  2. Opção B. A doença em questão é a Artrite Reumatoide (acomete extremidades inicialmente, poupando articulaçoes interfalgeanas distais), VHS e PCR estao sempre elevados de atividade inflamatoria e é confirmada com dosagem de Fator Reumatoide FR (e não “anti-reumatoide) e/ou anti-CCP mais especifico.
  3. Opção C. Os criterios para migranea/enxaqueca sao: Pelo menos 5 crises preenchendo os critérios, Cefaleia durando de 4–72 horas (sem tratamento ou com tratamento ineficaz), com pelo menos 2: localização unilateral, caráter pulsátil, moderada a forte intensidade, exacerbada por ou levando o indivíduo a evitar atividades físicas rotineiras (ex: caminhar ou subir escadas). Durante a cefaleia pelo menos 1 dos seguintes: náusea e/ou vômitos, fonofobia/fotofobia. Não atribuída a outra condição. E porque não tomografar? lembre-se dos Red Flags, há algum sinal de alarme? O exame neurologico é normal, então não há indicação para Tomografia.
  4. Opção A. Primeiro deve-se classificar a asma do paciente a qual é NÃO CONTROLADA ja que apresenta mais de 3 fatores sem controle, em seguida passa mos para os Steps do tratamento de manutenção onde quando não controlada, aumentamos um step, pulando do step 3 para o step 4 (aumentando a dose do corticoide inalatorio e acrescentando anti-leucotrienos).
  5. Opção E. A paciente não apresenta cicatriz vacinal para hepatite B (Anti-HBS negativo), porem tambem não há infecção (HbSAG e anti-HBe negativos), não há infecção por Hepatite C (hcv negativo) e infecçao tardia/cicatriz pelo virus A. Entao a conduta deve ser a vacinação contra a hepatite B, enquanto não ha vacina para a Hepatite C (virus mutante)
  6. OPÇÃO D. Temos um lactente com quadro de cianose generalizada, taquipnéia e diminuição da perfusão periférica. Dentre as alternativas, encontramos 3 causas de insuficiência respiratória e 2 causas de cardiopatia. Crise hipoxemica satisfaz o quadro descrito, associados a alterações respiratórias e a diminuição do nível de consciência, que ocorrem em crianças portadoras de cardiopatias congênitas cianóticas . É mais freqüente na Tetralogia de Fallot, mas pode ocorrer em qualquer cardiopatia em que haja obstrução ao fluxo de saída do ventrículo direito (estenose/a tresia pulmonar) e uma comunicação intra cardíaca ou arterial, como na atresia pulmonar, na atresia tricúspide e na transposição de grandes vasos (opção (b) INCORRET A). São mais freqüentes no período da manhã, após a alimentação ou precipitadas por atividades como defecar ou chorar. Também são mais freqüentes em lactentes de 2 a 6 meses de idade. Caracterizam- se por hiperpnéia (respirações rápidas e profundas), irritabilidade/ agitação, choro prolongado, cianose progressiva e diminuição da intensidade do sopro cardíaco, podendo haver diminuição do nível de consciência e crise convulsiva. Sinais de insuficiência cardíaca podem estar presentes se houver uma grande comunicação interventricular com estenose pulmonar (opção (d) CORRET A).
  7. OPÇÃO E. Pela avaliação do QRS define-se se há taquicardia de complexo estreito (duração de QRS ≤0,08 seg) OU taquicardia de complexo alargado (duração de QRS >0,08 s eg). No caso, estamos diante de uma taquicardia de complexo estreito. Nessa
    situação, devemos ainda avaliar se há uma provável taquicardia sinusal ( ondas P presentes/normais, FC geralmente < 220 bpm em < 1 ano etc.) – opção (b) INCORRETA – OU uma provável taqui cardia supra-ventricular (ondas P ausentes/anormais, FC geralmente > 220 bpm em < 1 ano etc.). Agora podemos concluir que nosso paciente apresenta uma taquicardia supra-ventricular. O tratamento de escolha dependerá do grau de instabilidade hemodinâmica do paciente: 1 – a manobra vagal pode ser considerada se não levar ao atraso no início da cardioversão química ou elétrica. Em lactentes e crianças pequenas pode ser usado gelo na face, sem obstruç ão das vias aéreas. 2 – se o acesso intravenoso está prontamente disponível pode ser usado adenosina OU 3 – se o paciente está muito instável ou o acesso venoso ainda não está disponível, a cardioversão elétrica sincronizada é a escolha. (opção (d) INCORRETA e opção (e) CORRETA).

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